quinta-feira, março 26, 2009

Frenético

Intermitente, interferente
Amigo, patente do meu ascendente
Artístico, rente a irreverente
Loucura do místico, inteligente.

Dedicado a Guilherme Prestes Mendes, que completa 21 anos hoje.

sexta-feira, março 13, 2009

Eu,
Uma existência presa
no plano do absurdo
sedenta por mundos

sou algo que vaga
no campo do inimaginável
imaginar-me, moldar-me
despido de probidade
é digno de pena
desconfortável

quando escondi
a dor da alma gêmea
existe livre arbítrio
ou é conversa das estrelas

sou preso por estar ciente
por quanto tempo
não consente
esta lógica
incoerente
e mais,
esta coleira
é de puro couro
do mais fino curtume

entre os dejetos dos firmamentos
exibo as algemas
não machucam as mãos, mas
os vislumbres do inconsciente
prendem-me a este mundo leviano

sou uma alma
acorrentada e torturada
subjugada ao mais cruel verdugo
a cruel mortalha
que cobre a carne viva
é da mais fina seda
especialidade da nobre colheita do oriente

sem saída, aberração
sem salvação neste plano
de certeza crua
e implacável desdém
preso ao valor
e à matéria prima
de alta qualidade
padrão de mercadoria

eu,
acho que penso

Revolução da Vida e da Morte

Um comentário íntimo
sobre a vida pública
é perfeita a hora
para semear dúvidas

no mais,
é viver e deixar morrer
e na prateleira guardar
o que não mais servir

pois,
de que adiantaram
todas as paronomásias
se os parnasianos invadiram França
dos bons costumes

ficaste a ver
os vagalumes
já ébrio, distante
de boemia
e decorado com uma cereja

é ordinária
a dulce fava
que serviu exércitos
e honras compradas

é triste igual
todo esse medo
sinal de destruição

é igualmente mordaz
a inteligência
que deixa sequelas
que prometeu o sangue

houve tempo
para imaturidade